Posted by : Vanderlei Campos domingo, 12 de abril de 2009

Hoje é o domingo em que os cristãos comemoram a Páscoa. Hoje, utilizamos durante o culto a imagem da cruz vazia, representando nossa visão de que Jesus morreu, sim, mas não ficou por lá. Está vivo e vem nos buscar. A cruz é agora só um marco, uma lembrança do sacrifício. Hoje conversei com crianças que me disseram já ter comido bastante chocolate. Hoje vi crianças que talvez não tenham entendido porquê mostramos aquela cruz vazia e, assim, melhor pensar no próximo pedaço de chocolate.

“Josué andava pela rua, de mãos dadas com Miriam. A cidade estava mais agitada hoje, embora o dia não fosse diferente para ele. Ao longo do caminho, passou por várias pessoas que se acotovelavam por um lugar melhor. Outras gritavam frenéticamente palavras de ordem contra alguém, que ele não conseguia identificar. Um corredor humano se formava logo a frente e, ao passar por ele, por um pequeno espaço entre pernas, ele conseguiu ver um homem, caído, ensanguentado, sujo. Parecia que carregava algo. Parecia que tinha uma coroa. Parecia que apanhava muito, mas, nada fazia sentido. A mãe, puxando-o pelo braço, parecia não se interessar por nada. Pelo contrário, estava firme no propósito de seguir seu caminho, comprar o que precisava e voltar para casa. Afinal, nesta época do ano, sempre havia uma agitação na estranha páscoa judaica.

- “Mamãe, o que será aquilo?” – pergunto Josué. “Filho, vamos andando. Você é muito pequenino ainda para essas coisas!”. E o menino andava, porém, agora seu olhar tentava acompanhar o movimento daquele homem que, a certa altura, pareceu dirigir-lhe um olhar cheio de amor e sofrimento, antes de mais uma chicotada nas costas.

Depois de tudo feito, Miriam retorna a sua casa. Agora, Josué não vê mais a agitação na rua, mas enxerga ao longe a multidão. Entre eles, bem acima das suas cabeças, vê três homens de braços abertos. Um deles parecia, não, tinha certeza, era o mesmo que pouco antes lhe lançara o olhar. Mais uma vez, olhou para a mãe e, apontando, perguntou: “Mamãe, o que será aquilo?”. Miriam parou um instante e resolveu responder ao filho: “Josué. Aquelas pessoas fizeram muito mal ao povo desta cidade. Por isso, eles agora terão que pagar pelos seus pecados, morrendo numa cruz. Será uma morte dolorosa, de muito sofrimento, mas que fará com que pensem bem no que fizeram de errado. Assim, também, os outros poderão ver qual o castigo para os que não são bons.”

Anos depois, Josué andava pelas ruas quando ouviu as seguintes palavras, atribuídas a um tal de Pedro, ex-pescador: “…pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os Seus passos. Ele não cometeu pecado algum e nenhum engano foi colocado na Sua boca! Quando insultado, não revidava. Quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se Aquele que julga com justiça. Ele mesmo levou em Seu corpo  os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça, pois, por Suas feridas vocês foram curados, uma vez que vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora se converteram ao Pastor e Bispo de suas almas.”(I Pedro 2:21-25). Que coisa! De quem estão falando?

Josué entrou e começou a questionar a respeito de quem falava este tal Pedro e assim lhe apresentaram a Jesus, o Nazareno. Aquele que, por amor, havia sido crucificado como mal feitor. Na sua cabeça, as imagens de criança voltavam fortemente e o olhar daquele homem, carregando a sua cruz, novamente penetrou a sua alma. Era Ele. Eu O vi. Eu olhei para Ele e Seu olhar cruzou o meu, mostrando-me muito, muito amor. Aquele homem, era Jesus.

A partir deste momento, sua vida não foi mais a mesma. Josué não podia parar de pensar e de dizer sobre aquele homem que demonstrava tanto amor, mas tanto amor, que foi até a cruz, passou pelo sofrimento e dor, por cada um de nós. Mas, o mais importante, é que Josué descobriu que tudo aquilo não acabou naquela visão da cruz. Não acabou na sexta feira, mas Jesus ressuscitou no domingo e estava, ainda está, vivo! Que vitória. Que final! Aquele que suportou tudo com amor, venceu a morte e hoje está vivo!”

Esta é a minha história de Páscoa! A sexta feira foi importante, mas o domingo foi a prova da vitória, onde o Filho de DEUS mostrou à morte e ao inferno que ELE é a vitória e que Seu sangue, que escorreu naquela cruz, é poderoso para salvar aqueles que aceitam Seu sacrifício como único meio de chegar a Deus.

Em meio ao chocolate e a festa, pense nisso: a cruz está vazia e saiba que Deus espera por você!

cruz 


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