Posted by : Vanderlei Campos quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Na ante véspera de Natal (23) eu fiz uma das coisas mais tolas da minha vida: fui até um Shopping Center por volta de 20h30. Os motivos que levaram a essa imprudência mental foram os que servem como desculpa de todos: faltava um presente, faltava tempo, era só uma coisinha... Sim, tinha em mente o que comprar e onde comprar. Baseado nessa clareza, sai confiante de que tudo daria certo. E quase deu.


Até chegar na catraca do estacionamento, tudo OK! O problema estava dali para frente, como sempre, a partir daquele ponto em que não se consegue voltar atrás porque alguns carros já estão buzinando à espera de que você ande para frente. Ou seja, arrependimento nessa hora é algo que não vale de nada, então, tentei seguir adiante, certo de que tudo ainda sairia bem. Engano! 20 minutos depois não tinha andado mais do que 1 ou 2 metros dentro do estacionamento. Foi aí que resolvi parar o carro em um canto (pra não atrapalhar mais ainda o "trânsito") e esperar que algum dos carros por perto saísse e eu pudesse finalmente estacionar. Outro engano.

O último golpe foi quando achei que tinha visto um carro saindo um pouco à frente. Indiferente ao mar de motoristas tentando estacionar, saí de onde estava e tentei chegar à vaga. Mais um engano: claro que não conseguia me mexer (como os outros carros) e, muito menos chegar até a esperada vaga.

Pensei comigo: "Não adianta. Não há vagas."

Hoje, dias depois do ocorrido, pensando na situação, lembrei da história do primeiro Natal. José e Maria foram obrigados a ir até Belém para o recenseamento imposto pelo imperador romano. Nada de especial aí. Roma detinha o poder político e econômico e queria saber quantas pessoas estavam sob seus domínios. Como não havia IBGE indo de porta em porta, o povo é que ia até a cidade natal para se apresentar. O ponto especial na história é que Maria estava grávida daquele que, cerca de 650 anos antes, havia sido profetizado como o Messias, o Redentor, que nasceria em Belém. Então Maria, por ordem do governo romano que nada tinha a ver com os fatos profetizados, viajou cerca de 150 kilômetros sobre um jumentinho, com José ao seu lado, para cumprir uma profecia que testificava que seu bebê era mesmo o Cristo.

Chegando lá, certamente muito cansados e com muitas marcas da viagem, o que lhes espera é uma cidade extremamente lotada onde não há vagas. Imagino José, mais ou menos como eu no shopping, planejando o caminho, o local onde ficar, como acomodar sua esposa e, até mesmo em caso de necessidade, como acomodar o nascimento do bebê Jesus. Agora, diante de uma cidade lotada, tudo o que ele vê e ouve é um sonoro "Não adianta, não há vagas!".

Quantas vezes isso aconteceu? Não sei, mas imagino que muitas. Quantos kilômetros mais eles andaram procurando um lugar? Não sei. Só sei que o texto bíblico e a tradição cristã dizem que bateram de porta em porta até encontrarem um único lugar: um estábulo, um local onde se colocavam animais para protegê-los durante a noite e foi ali, com uma platéia de jumentos, ovelhas, cabras e sei lá mais o que, que o MENINO nasceu. Sim, aquele que foi profetizado como REI dos REIS, SENHOR dos SENHORES, PRÍNCIPE da PAZ, DEUS FORTE, nasceu onde ninguém podia imaginar; um lugar, quem sabe, que a outros viajantes foi oferecido, mas rejeitaram porque não era digno pra ninguém dormir ali, ficar ali e muito menos nascer ali.

"Não adianta. Não há vagas!" - talvez essa seja a sua história com o menino também.

Talvez sua vida tenha que acomodar muitas coisas, afinal, a cada dia precisamos de mais e mais espaço para acomodar nossas ambições, nossos sonhos, nossas realizações. Então, para o menino, "não adianta; não há vagas!"

Talvez a necessidade que a vida moderna impõe de ter mais e ser mais, esteja ocupando mais espaço; então, para o menino que nasceu, "não adianta; não há vagas!".

Talvez manter o padrão de vida e a riqueza precisem de tanto espaço que para o menino que nasceu em um lugar sujo, sem um minimo de conforto, "não adianta, não há vagas!".

A boa notícia é que a casa do PAI não tem problemas com vagas. Ao contrário, lá existe lugar para todo mundo que crer e aceitar que JESUS CRISTO, o menino que nasceu em Belém, é SENHOR e SALVADOR. E a todos que o confessarem, a promessa é clara: "Na casa do meu Pai há muitos quartos, e eu vou preparar um lugar para vocês. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito." (João 14:2)

Que tal? O mesmo Jesus que chegou ao mundo sem nenhum lugar para ficar, lhe oferece espaço de sobra para passar a vida eterna e ainda mais, ao lado do PAI, o Criador do Universo. Não é demais?

No dia em que fui ao Shopping, não consegui vaga. Apesar de todo meu esforço, nada... No primeiro natal, José não conseguiu vaga, apesar de todo seu esforço, o menino nasceu em um lugar, no mínimo, impróprio para um bebê. Mas você pode "encontrar sua vaga na eternidade, ao lado do Rei do Universo" hoje, e para isso só precisa crer em JESUS como ÚNICO SALVADOR e se arrepender de seus pecados.

Que a Graça e o Amor de CRISTO encontrem vaga em seu coração neste natal.

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